Dica de domingo: Rio, Eu Te Amo (crítica)

Estive ontem (13.09) no cinema, para assistir Rio, Eu Te Amo. E para sair um pouco da rotina de só dar dica de filme que eu assisti e gostei, resolvi fazer uma crítica sobre o que achei desse filme. Depois de Paris e Nova York, "Rio Eu te Amo" é o novo episódio da série de filmes, que conta com 11 diretores de sete nacionalidades, que contam pequenas histórias com diferentes olhares sobre a Cidade Maravilhosa. 

E o que esperar da visão de diretores de fora sobre a nossa cidade maravilhosa? Muita fantasia. 

Durante o filme nos deparamos com os pontos turísticos mais famosos da cidade que é uma das mais bonitas do Brasil, para mim é a melhor, amo esse lugar. Entre eles: Cristo Redentor, Pão de açúcar, calçadão de Copacabana, Praia de Grumari, vôo de asa delta na Pedra da Gávea, Praça Paris, cachoeira no Horto, entre outros. 

Na parte do Cristo redentor, foi desnecessário o tratamento que o personagem do Wagner Moura teve com o monumento, chegando a fazer um gesto de péssimo gosto para uma das 7 maravilhas do mundo.

Na parte do Pão de Açúcar estava bom enquanto eles admiraram de longe toda aquela beleza que só quem já viu sabe do que estou falando. Mas como disse lá no começo do post, a fantasia tomou conta. Até os atores resolverem escalar o morro sem nenhum tipo de equipamento, e encontrarem um fantasma da cantora Bebel Gilberto lá em cima. 

Na parte do calçadão de Copacabana, famoso mundialmente pelo seu design em ondas preto e branco, teve uma oposição a realidade. O ator francês Vincent Cassel, representou um escultor de estátuas na areia da praia de Copacabana. A cada movimento de alguém que chegava tinha um som diferente, mas o que chamou atenção no filme, era a paz que tinha no calçadão e a limpeza. E quem conhece o calçadão sabe que não é bem assim..

Na parte da Praia de Grumari, os personagens gringos, o homem, paraplégico, com a idade avançada, e a mulher jovem não deixa ele fazer nada, que ela faz questão de fazer na frente dele. Termina a cena com ela morrendo afogada na praia, que é linda e deserta. Eu já fui, e vale muito a pena conhecer, só não entram na vibe da personagem gringa. 

Na parte do vôo de asa delta eu fiquei com muita vontade de estar no lugar do personagem do Wagner Moura, que como disse acima, foi totalmente desnecessário. Ele saiu da Pedra da Gávea e percorreu vários pontos da cidade, não ficou só em São Conrado, onde costuma ser praticada a modalidade. Quero muito fazer o voo, está no topo da minha wish list de turista. Fica a dica!

Na parte da Praça Paris, a personagem da Fernanda Montenegro me fez querer assistir o filme até o final. Eu amo o trabalho dela, seja em qualquer personagem, ela é incrível, e vale a pena ter assistido por ela, ver ela escovando os dentes na praça paris não teve preço. Quando a pessoa é profissional, é outro nível.

Na parte da Cachoeira do Horto, ainda com a Fernanda Montenegro e participação do Eduardo Sterblitch como seu neto, tomando banho na cachoeira do Horto, uma cena linda, um show de atuação. 

Falando em atuação, os atores brasileiros são capacitados o bastante para fazer um filme sobre o próprio país, não entendi o motivo de tantos atores de fora. 

Para finalizar, vale a pena assistir o filme? Vale a pena você ir até os pontos turísticos que citei acima, e os que não citei, mas que você vai ganhar algum benefício cultural com ele. Porque assistir versões de personagens em lindos pontos turísticos, que afinal o filme é para mostrar isso, sendo que você mesmo pode fazer sua versão em cada um deles? Eu mesmo, assisti, e serviu para abrir meus olhos sobre as fantasias do povo de fora no nosso país, acorda Brasil. 

Se ainda sim você quer assistir o filme, vai pela Fernanda Montenegro, mas não deixe de seguir minhas dicas, você vai ganhar bem mais do que ficar uma hora e pouca assistindo sobre algo que é nosso, sendo retratado e aproveitado por pessoas de fora.

Espero que entendam minha crítica, e aproveitem o domingo de vocês em algum lugar maravilhoso no Rio de Janeiro, ou na sua cidade, afinal o Brasil é riquíssimo de belezas naturais.

Beijos e abraços

Por: Paulo Henrique Otoni